No próximo domingo, 24 de junho, ás 16h00, na Sé Nova em Coimbra, serão ordenados Padres pelo nosso Bispo Virgílio Antunes, os Diáconos Daniel Mendes, Jorge Carvalho e Francisco Claro, que esteve no concelho de Ferreira do Zêzere. Será ordenado Diácono o seminarista João Nuno Castelhano.
Estão a ser organizados transportes para que os ferreirenses presenciem a esta cerimónia.
Diz D. Virgílio Antunes:
Obrigado pelos sacerdotes
A celebração das ordenações de presbíteros e diáconos para a Diocese de Coimbra, que terá lugar no dia 24 de junho, na Sé Nova, dá-nos a oportunidade para nos centrarmos num tema tão relevante para a vida da nossa comunidade diocesana, o sacerdócio.
O Povo de Deus pode não conhecer em profundidade a teologia da Igreja sobre o ministério ordenado, mas tem um sentido da fé muito desenvolvido que lhe permite compreender e valorizar os sacerdotes que o servem de alma e coração, segundo o coração de Deus. Quanto mais os cristãos caminham na fé, na consciência eclesial e na aceitação da sua vocação específica, mais agradecem o dom da vocação sacerdotal, pois experimentam a força da graça na vida e na ação dos que se entregam totalmente ao serviço do Reino de Deus.
Nos inúmeros contatos com as comunidades dispersas por toda a Diocese por ocasião da visita pastoral, tenho oportunidade de perceber diretamente quanto as pessoas admiram a pessoa dos presbíteros e dos diáconos, quanto agradecem a Deus os dons que recebem por seu intermédio. O anúncio da Palavra de Deus, a celebração dos sacramentos e a congregação comunidade cristã encontram-se constituem os elementos fundamentais da ação dos ministros ordenados, que a doutrina da Igreja anuncia e que os fiéis desejam mais ardentemente.
O mundo anseia por sacerdotes com uma experiência de fé humilde, mas forte, as pessoas gostam de ter junto a si homens de coração grande e disponível, querem sentir a bondade de Deus na ação dos seus ministros. Mesmo os que não têm uma prática regular ou uma presença ativa na vida da Igreja, admiram, por uma lado, e desejam por outro, a presença reconfortante dos chamados e enviados por Deus para os acompanhar nas horas marcantes da vida.
Tenho ouvido longas e empolgadas narrações de coisas tão simples como a visita do padre aos doentes, a sua presença amiga junto de uma família a viver nas tribulações, as suas palavras de conforto e esperança nos momentos de luto. Compreendo que nessas alturas, por meio dos gestos pequenos de um homem atua a grandeza do amor de Deus.
Também sou testemunha do modo como as comunidades se sentem felizes por terem a celebração da Eucaristia num clima de profundidade, pelas propostas de oração marcadas pela verdadeira espiritualidade cristã, pela disponibilidade para escutar os corações inquietos tanto no diálogo espiritual como no sacramento da reconciliação.
Ouço muitos cristãos rejubilarem de alegria por terem consigo o sacerdote nas variadas situações das suas vidas pessoais e comunitárias, de forma humana e simples, como verdadeiros homens de Deus, cuja presença transmite confiança e paz.
Enquanto nos preparamos para as ordenações, rezemos pelas vocações sacerdotais na nossa Diocese, imploremos para todos o dom da fidelidade e não deixemos de agradecer a Deus todos e cada um dos sacerdotes que pôs no nosso caminho.
Virgílio Antunes, bispo de Coimbra
In: Região do Zêzere
